Posted by : Charlie S. Dias sexta-feira, 22 de março de 2019







O mar é a perfeita expressão do amor.
O mar que nos seduz e engana com o seu horizonte infinito. Ali tão galante e sem limites.
O mar que é calma e alvoroço, dócil e inerte, que cresce ondulante e rebenta impetuosamente. 
Carregado do sal que todo o sabor intensifica. O mar que reflete brilho e nunca se apaga: de dia, de sol de alvor a poente, de noite, de lua espelhada e reluzente.
Sim, esse mesmo mar que ora afoga ora procria. Tumultuoso. As arrebatadoras correntes, que todos levam e engolem. As ondas que abraçam e depois rasgam.
O mar, berço da existência, ancestral, comum a todos nós. Profundo e misterioso, mar de lendas e da busca pelo maior tesouro. O mar que nos flutua. Desorientador dos Homens, cujo perigo é advertido pelos velhos do Restelo que nunca lá estiveram. Apavorante, e tão aclamado pelos aventurados que nele se navegaram. Difamado e desacreditado pelos amargurados que foram devolvidos às margens e não mais conseguem velejar. O mar de rugido feroz, de raiva e de dor.
O mar é ardor. O mar é amor.

E se faltar o mar em amar, é porque não é amor.


Charlie S. Dias

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